terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Dia de Alforria

Dia de Alforria
                    ALDO

Hoje é dia de alforria
Alegria?
Hoje é dia de alforria

Hoje é dia dos grilhões abertos
Das cordas frouxas
Da guia caída

Hoje é dia de alforria
Alegria?
Hoje é dia de alforria

É dia das contas feitas
Dos assuntos findos
Dos olhares fundos

Hoje é dia das portas abertas
Das pernas fechadas
Das bucetas secas
Das caras molhadas

Hoje é dia em que descansa a carne
Enquanto trabalha a mente
Em que se voa alto
E se almeja o chão
Hoje é o dia que derrete a alma da gente

É dia que não se marca a data
Por que não termina.

Hoje é dia de alforria.
Alegria.
E ponto final.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

4X4 Dia do Jipeiro!

Meu DONO é jipeiro e cumprindo uma tarefa sobre o tema descobri que HOJE 04/04 (ou devo dizer 4X4?) é dia do Jipeiro... 

Até então não tinha me interessado pelas proezas desses 'Ases indomáveis' das trilhas, mas confesso... depois de ler alguns textos e pesquisar sobre Off Road... já estou encantada! 

Segue uma homenagem a este HOMEM fantástico que além de reunir TODAS as qualidades que fascinaram esta submissa ainda tem um espírito aventureiro e humor só DELE!



"Ser Jipeiro"

Ser jipeiro é, mais do que tudo, um estilo de vida. Muito além da competição, é ter solidariedade, conhecer lugares novos por caminhos alternativos, geralmente de acesso difícil ou impossível para veículos que não possuam tração nas quatro rodas. É cultivar o bom humor e companheirismo, o chamado espírito de equipe. Fazer novos amigos e aprender a superar os seus limites.

Significa, principalmente, preservar a natureza, respeitando e ajudando as pessoas que encontramos por esses caminhos e trilhas. Gente humilde que, apesar da situação desfavorável, sempre nos recebe com um sorriso no rosto, acenando com as mãos, desejando boa viagem para aquele povo "esquisito" que adora AVENTURA. Uma lição para toda a vida!

Ser jipeiro é:

.  Ficar ofendido quando alguém chama sua viatura de carro;
.   Ser indagado no posto de gasolina, com aquelas perguntas célebres: É de fibra? É 4x4? Vc faz trilha? Quanto custa um desses aí??? Anda Bem?
.   Ouvir aqueles comentários de quem não sabe como iniciar uma conversa: Este aí sobe até parede?
.   Escolher o Shopping Center pela altura do estacionamento;
.   Escolher o Prédio para morar pela altura das garagens;
.   Ter a vaga do estacionamento do prédio personalizada (é aquela meio marrom, onde nascem uns matinhos.);
.   Não ter nenhuma camiseta totalmente branca;
.   Fazer sucesso ao buscar os filhos na escola (entre a molecada!);
.   Não fazer tanto sucesso ao buscar a esposa/namorada no cabeleireiro...
.   Acostumar com a pergunta da esposa "mas tem que ir de jipe?"
.   Torcer para chover no final de semana;
.   Ser proibido de estacionar na firma às segundas feiras;
.   Ser odiado pelos funcionários do lava-rápido;
.   Ser amado pelo dono do posto de gasolina e pelo dono da autopeças;
.   Ter na carteira, mais cartões de oficinas de peças do que dinheiro;
.   Achar que o acessório mais importante do seu veículo é uma caixa de isopor com umas latinhas geladas dentro. (aliás se faltar espaço, fica o Zequinha, esposa e filhos em casa mas a bendita caixinha vai! E em lugar de honra dentro da viatura);
.   Ouvir do guarda: "O Sr. pode retirar um dos adesivos? Preciso verificar a cor do veículo para preencher a multa, (isso se acontecer a abordagem indo para a trilha. Na volta o guarda simplesmente coloca marrom e pronto. Ou entra para guarita procurando os seus calmantes pois não acredita no que vê);
.   Se vingar da sogra lavando a viatura em frente à casa dela;
.   Ter um carro multimarcas: motor VW, cambio GM, limpador Fiat, faróis da Variante... e no documento constar importado;
.   Não entender a função da profissão "martelinho de ouro";
.   Explicar ao balconista que vc precisa da peça Chevrolet, que servia no Puma, mas era usada no Gurgel, mas que é para ser colocada no seu jipe. (numa função totalmente diferente da original, é claro!);
.   Ser chamado por parentes às 2:00h para rebocar o carro não sei de quem que quebrou não sei aonde e não sei quando devido à não sei o que;
.   Os mesmos parentes que dizem: por que você não troca esta lata velha, compre um carro mil, econômico, moderno... silencioso?
.   Ter sua casa como ponto de referência na rua "é depois daquela casa do jipe";
.   Ser o único da rua que não lava o carro aos sábados pela manhã (via de regra neste horário já está o sujando ainda mais);
.   Convidar a sogra para fazer trilha só para testar o santo Antônio;
.   Ter amigos, participar de um clube... e fazer mais amigos.

(Texto retirado da net)

Feliz Dia do Jipeiro!
eu TE amo!

SUA eterna escrava
{myrah} de ALDO

sábado, 19 de janeiro de 2013

SALVE-SE QUEM PUDER! by SENHOR ALDO




Então um dia aquele bando de sados, masocas e simpatizantes resolveu fazer um cruzeiro.
Já no Porto de Santos começou a confusão! Bastou chegarem perto do navio, para o bando todo já sair em disparada em direção à corrente da âncora. Metade querendo acorrentar, a outra metade já tirando a roupa.
A pobre da agente de turismo sofreu para convencer aquele inusitado grupo de que a âncora seria recolhida e que em alto-mar o capitão os deixaria brincar à vontade com a corrente.
E que não! O navio tinha porão mas não chamava dungeon, nem tinha cara de masmorra!
Três ou quatro já fizeram cara feia, pois imaginavam um navio negreiro abarrotado de grilhões e instrumentos de açoite.
Com muito custo, todos embarcaram e se acomodaram. Os subs na casa de máquinas. Os masocas queriam ser combustível e queimar até doer.
Doms e Dommes se instalaram em suas confortáveis cabines e logo exigiam a presença imediata de seus camareiros e camareiras em tempo integral. A pobre tripulação não fazia idéia do que fosse 24/7!
Quando o navio tocou a buzina para zarpar, todos correram para o salão pensando se tratar do início da play.
Ficaram um tanto frustrados, mas mesmo assim se dirigiram à piscina em dress-code, o que gerou ligeira estranheza por parte dos demais passageiros. Aroma de baunilha no ar.
Um certo Dom foi encontrado no cais de popa, olhando pra fora em direção a uma corda que pendia amarrada na amurada e mergulhava no mar. Quando indagado sobre o que fazia, explicou que sua nova sub tinha deixado cair a coleira e estava lá fora procurando.
Bondagistas foram avistados brincando com as cordas dos botes salva-vidas e postos a ferros pelo capitão. Os bottons não acharam ruim, não.
De repente pânico, bate-boca, empurra-empurra, correria!
A ponte de comando é tomada de assalto. Dona Loba surge imponente com o quepe do capitão e a Belinha assume a roda do leme.
Onde vamos parar, ninguém sabe!

Texto de SENHOR ALDO , se vai copiar, dê os créditos.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Moto-DOM by SENHOR ALDO


qualquer semelhança é mera coincidência

Manu, fazia tempo que eu sabia desse lance aí de sadomasoquismo, ta ligado? Mas tipo assim, eu nunca tinha chegado nos cara.

Um dia, eu já tava de saco cheio, zoadão mesmo de não conseguir mulher nas salas de sexo, fui pra Cidades e nada, fui pra sala de Por Idade 18-25 e só tinha umas tiazinhas de 50 se fazendo de gatinha, ta ligado? Fui na de Lésbicas e bissexuais e só tinha manu se fazendo de gatinha pra faturar umas franga. Deprimente.


Foi aí que descobri as tais salas do Sadomasoquismo, ou melhor, SM, como eles chamam. Aí, chegado, cheguei la´arrebentando, né? Escolhi um Nick bem zoado que era já pra mostrar que eu tava ali, manu: “PintudoTiraSangue”.


Cheguei nas muié já arrebentando: “Vem vadia!”, “Chega aí e abre essa bunda!” e um monte de coisas assim. Daí os caras lá não gostaram, as mina lá disseram que eu não tinha educação e um manu falou não-sei-o-que de postura. Se-fuder! Ele nem sabia como é que eu tava sentado, maluco!


E se eu tenho essa corcundinha aí, é por causa da moto, cumpadi. Não é fácil ficar na zoeira o dia todo, segurando o guidão, o vento puxando a gente pra trás, manu. Nóis é foda! Fica corcunda mesmo!


Bom, tomei lá umas patadas, mas descobri que o lance é muito louco, manu! Não é só lance de, tipo assim, os cara comendo as mulherada. Tem os tal de sub e os Dom...e as Domme também, maluco. Descobri assim: cheguei numa mina lá Misstress-Sei-lá-o-que, arrebentando, que é pra impressionar logo de cara: “Vem de quatro, cadela, e engole o meu cacete”. PUTZ! Mas deu um auê, maluco, que nem te conto! Era um tal de “Mas que falta de respeito!”, “Veja se te enxerga, moleque!” e tantas outras coisas! As Domme, são tipo assim, umas muié que também qué mandá, ta ligado? E elas fazem barbaridade com os cara! É, por que tem uns maluco lá, que nem tão a fim de comer ninguém! Gostam de lamber pé, apanhar na cara, levar pisão no saco...Muito louco, manu.


Então fiquei na minha, fui vendo como os caras mais experientes no bagulho faziam, e comecei a fazer igual. Ao invés de chegar já arrebentando, comecei a ser mais sutil, e também a me ligar nos Nicks, ta ligado? Nick com maiúscula, o negócio é manter distância, principalmente de mulher, que as Domme são brava pra cacete e falam cada palavrão que nem meu pai falava...E olha que o velho era estivador!

Também mudei meu Nick. Esse negócio de “PintudoTiraSangue” não tava impressionando ninguém. Troquei para “EmpresárioSP”, maluco, que reflete muito melhor minha nova condição, ta ligado? Em dois dias eu já tava trocando idéia com uma mina que me deu até o MSN dela: fadinha.linda.sub@hotmail.com


Com um Nick desses, só podia ser uma princesinha, né? Ela me perguntou o que eu fazia e eu disse que trabalhava no setor de logística estratégica. Quando ela perguntou se eu era empresário mesmo, eu respondi que era dono do meu próprio nariz, que gostava de ter liberdade de ir e vir, essas coisas. Não menti, ta ligado, por que eu acho que a gente tem que ser sincero com os outros, manu. Eu sou mesmo dono do meu próprio negócio, ou melhor, serei mesmo quando acabar de pagar as prestações da moto em 2038, manu e se ninguém levar ela de mim antes na mão grande, ta ligado? E o bauzinho atrás eu ‘customizei’, maluco, com adesivos das rádios, ta ligado? Tem adesivo de todas elas, manu. Ta certo que eu moro em Caieiras, que não é tecnicamente São Paulo, ta ligado? Mas eu trampo na Paulista o tempo todo, então o ‘SP’ do Nick ta valendo, sim, por que não?


Quando eu perguntei como ela era, respondeu que era “gostosona” e que era “muito experiente”. “No BDSM?”, perguntei (descobri que BDSM era mais que SM só, que eu falava antes, manu) e ela respondeu “Também...”. Fiquei meio encanado na hora, ta ligado, por que ‘também’? ‘Também’, o que? Mas resolvi não perguntar nada, por que Dom tem que ser assim, superior, ta ligado? Tem que ter jeito de que sabe de tudo, maluco! E gostava do jeito dela me chamar de “Meu filho” ao invés de “Dom” como as outras faziam, tão friamente. Minha fadinha era especial, maluco!


Então marcamos de nos encontrar numa parada aí chamada Dominna. Tirei o bauzinho da CGzona e dei um trato legal nela, que era pra não passar por pouco, maluco! Cheguei lá e tinha de tudo, manu! Tinha até uma mina amarrada num ‘X” de madeira apanhando de um cara todo de preto, na maior estica. E ela tava só de calcinha, ta ligado? Muito louco, manu!


Minha fadinha não tinha ‘chego’ ainda, mas não quis ficar pra trás, perder tempo zoado. Fiquei ali meio de bobeira do lado do manu de preto e vi que ele tava usando um chicote pequeno pra bater na mina. Quando ele pendurou o chicote e pegou uma raquete, vi que ele ia jogar ping-pong e não quis perder a chance: “Posso continuar aqui com ela, Nobre?” Pô, esse negócio de chamar os outros Dom de ‘Nobre’ é muito louco, ta ligado? E os maluco me chamam assim também! “O Nobre vem sempre aqui?”, “O Nobre tem escrava?”, essas parada aí. Ninguém nunca tinha me chamado de ‘Nobre’ antes! Normalmente é mais “Cachorro-louco do inferno”, “Sai pra lá, FDP!” ou “Quer morrer, desgraçado??”, que é como os motoristas se referem a mim no trato das minhas obrigações diárias.


Pô! Quando perguntei aquilo, o cara parou, ficou me olhando com uma cara esquisita. Todo mundo em volta parou também, muito louco! Então eu vi que a mina lá no X olhou pro manu meio apavorada e eu pensei: “Xii, fodeu, o cara vai é correr comigo e ‘Nobre’ é o cacete!”. Mas ele olhou pra mina meio esquisito, riu meio de lado e saindo da frente, respondeu: “Ela é toda sua, Nobre.”


Vixi, maluco! Me deu a mina e ainda me chamou de Nobre! Eu já parti pra cima, e nem peguei chicote, nada! Fui com a mãozona de segurar guidão, ta ligado? E desci a lenha na muié! Ela começou a gritar e pular muito mais do que com o cara de preto! “To abafando, manu”, eu pensei. E fui ficando louco, ta ligado? Quanto mais a mina gritava, mais eu batia e minha mão já tava doendo, e fui juntando gente, ta ligado? Daí já pensei que não ia deixar todo mundo ali na expectativa: Tirei o ‘Zé Cambão’ pra fora, arranquei a calcinha da muié num puxão e já juntei nela num golpe só, que era pra turma ver que eu não tava lá de brincadeira!


Maluco, foi ‘mó’ confusão dos infernu! Dois manu gigante mesmo me cataram pelos braço e não deu tempo nem de eu recolher o veio ‘Zé Cambão’, que foi arrastando pelo chão até a calçada! Os maluco me jogaram no meio da rua e ninguém me chamou de ‘Nobre’, não! Não entendi nada! Eu me levantei, ajeitei do jeito que deu a minha roupa e tava indo pegar a motocona quando ouvi uma voz atrás de mim: “EmpresárioSP?”


Era ELA!!! Minha fadinha tinha acabado de chegar, maluco! E era um baita mulherão. Dessas de desequilibrar, mesmo, ta ligado? Desequilibrava legal a CGzinha, coitada! Eu nem me arriscava a costurar no meio dos carro, maluco! Uma que não ia passar, mesmo! Outra que tava com medo da motoca inclinar e não voltar mais, maluco! Ainda bem que o pneu de trás era quase novo, lá da General Osório, mas o aro tava pegando nos buracos, ta ligado?

Fomos numa parada ali na Radial, maluco, depois levei a fadinha num motel ali na Fernão Dias, que tava em promoção.

Hoje nós fazemos o maior sucesso quando entramos na sala. Eu de ‘EmpresárioSP’ e ela de ‘{fadinha}_ESP. E nem me incomodo de ela ter sido colega de classe da minha mãe, no ginásio, ta ligado? Que a mina é firmeza e me chama de ‘Donzinho-querido’!


Autoria: SENHOR ALDO
Se vai copiar,por gentileza,dê os devidos créditos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Puro Sadismo

Casal na hora da transa:

- Ai, Ui, Uh! Vem, me come, me fode, me xiiiinga!
- Sua...
- Sua...
- Sua...
- SUA GORDA!

domingo, 29 de maio de 2011

O início dos Tempos

Outro dia, aqui no Bar, apareceu um amigo sub de muitos anos. Muitos anos MESMO. Ele é tão velho, mas tão velho no BDSM, que é de um tempo tão remoto e precário que no início, só existiam os subs. Calcule um mundo somente com subs! Ninguém mandava em ninguém. Literalmente ninguém era de ninguém!
E era tamanha a algazarra, que logo surgiram os masoquistas, que curtiam o sofrimento daquela zona.
Mas ainda assim não estava bom, pois logo os masoquistas queriam mais do q o sofrimento de apenas um monte de subs falando, falando como seria bom se tivessem um Dono...
Foi então que surgiu o auto-flagelo. Eu sei que a Igreja Católica reivindica para si a invenção desta modalidade, mas a verdade é que ela é muito anterior ao cristianismo.
Com o auto-flagelo os masocas finalmente puderam sorrir. Mas se sentiam tão culpados por isso que se flagelavam ainda mais.
Aliás, isso me lembra uma amiga masoca, que é tão masoquista, mas tão masoquista que a coisa que ela mais gosta é acordar numa manhã de inverno bem cedinho e se atirar direto em baixo de uma ducha gelada. E ela gosta tanto disso, que não faz para se penitenciar.
Enfim, voltando aos masocas dos primeiros tempos, logo que produziam suas marcas, iam correndo exibí-las uns aos outros.
E dessa necessidade insaciável de se superar, surgiram as primeiras desavenças, disputas e fofocas do meio. Ao menos, foi dessa compulsão em se superar e ultrapassar o próximo que se inventou o espelho!
E também a célebre frase "A necessidade é mãe de todas as invenções".
Ainda segundo esse meu amigo, alguns masocas se tornaram tão bons na arte do auto-flagelo que passaram a ensinar seus amigos e amigas, e para isso, passaram a flagelá-los. Naturalmente daí nasceu o gosto pela coisa e surgiram os primeiros switchers!
Sim, é verdade, os switchers surgiram antes dos Sádicos. Mais ou menos como os primeiros répteis, que vieram das águas para se tornarem animais terrestres.
De outro lado, os subzinhos continuavam o seu penar sobre a terra. E então Uh! - o Todo Poderoso Pai do Universo - sobre O QUAL falaremos mais adiante nesse Bar - vendo tamanho sofrimento e desespero de sua criação, juntou a luz do Sol com o ferro do núcleo do planeta, o sal dos mares e a frieza impiedosa do gelo das mais altas montanhas e num sopro inspirador, criou o Dominador, em toda sua magnificiência.
E disse Uh! "Crescei e dominai todos os seres que nada te faltará! Levarás minha luz aos recânditos mais escuros e minha Palavra àqueles que não a tem!" E é por isso que até hoje a vela acesa é peça fundamental de uma sessão.
Foi assim que tudo começou, segundo esse meu amigo do Bar.

Leather Fetish X Ecologia

Dentre tantas discussões tão fundamentais ao BDSM que tenho acompanhado por aí, sem muitas das quais a própria atividade BDSM não seria possível - nem sequer imaginável - intriga-me sobremaneira a ausência do tema que ora coloco em pauta.
Justamente no momento em que vivemos, quando o Congresso Nacional vota o novo Código Florestal e nossa "presidenta" ameaça vetá-lo; quando o Aquecimento Global paira sobre nossas cabeças, como um jato da Air France, ameaçando desabar dos céus e tudo explodir; quando nos arrepiamos de culpa ao acender uma simples vela em nossa sessão, é nesse momento que é míster abrir a mais contundente das discussões:
Afinal Leather Fetishe é ou não anti-ecológico? (o que, aliás, remete-me imediatamente a outro debate possível: anti-ecológico, pela nova regra ortográfica, tem ou não o maldito hífem???)
Vocês fetichistas do couro já pararam para se perguntar afinal quantos bovinos deram suas vidas para alimentar a libido sua e de seu parceiro ou parceira?
Você já se preocupou, ao adquirir suas idumentárias e acessórios, se tais produtos têm origem certificada? Por acaso já lhe ocorreu que vários alqueires de floresta amazônica podem ter sido dizimados apenas para saciar sua lascívia?
Naturalmente os cínicos hão de dizer que isso não é problema que lhes afete, pois afinal de contas, nem sabem bem onde fica a Floresta Amazônica. E afinal de contas, couro é coisa que se compra em Shopping Center, no máximo em uma Sex Shop, que é o local mais próximo da vida selvagem em que já estiveram.
Mas posso dizer-lhes, meus amigos, que por trás de cada bota 7/8, de cada calça justa ou até mesmo de um simples relho, há sangue! Muito sangue de animais indefesos, e lucros abusivos de pecuaristas desumanos. Há florestas inteiras dizimadas, sem contar a situação trágica dos 'povos da floresta' como índios, seringueiros e sacis-pererês que vêem seu futuro ameaçado com o avanço das máquinas sobre seu habitat, apenas para saciar a devassidão dos amantes do couro!
E esses depravados não percebem que o couro usado na confecção de suas peças poderia nesse momento estar protegendo do frio uma criança necessitada, um menino de rua, que tem que recorrer à cola e ao crack simplesmente por que um grupo de fetichistas não liga para seu bem estar?
E pior! Quantas carros já tive que dirigir, sujeitando-me a tecidos comuns, que nem sequer chegam aos pés do conforto dos revestimentos de couro, simplesmente por que tal fetiche eleva os preços do material - sem trocadilho - à hora da morte?
Por todo o exposto, não vejo outra solução se não condenarmos de vez tal prática abusiva, segregando seus praticantes da mesma forma que fizemos com os fumantes, com os gays e com os moradores de Higienópolis! Vamos baní-los de nossa convivência, vamos jogar baldes de tinta sobre suas roupas e acessórios! Vamos ameaçá-los com lãmpadas fluorescentes e extintores de incêndio!
Por uma Amazônia preservada e internacionalizada! Por fetiches mais bem policiados! Por um BDSM mais consciente e vigiado!
O MOMENTO É AGORA!